quinta-feira, 28 de julho de 2011


Costumava dizer que nosso amor tinha a leveza de uma pena e as chamas de um dragão. Mas não, não, não. Idéia totalmente equivocada! Ingenuidade nomeou a demora para perceber. Não era nosso amor, mas sim, EU quem sempre teve tal leveza e tal chama.
Eu fazia nosso amor dar certo. Sempre o pintei como uma tela. Nessa tela, pintei alegria, emoções, cumplicidade, loucuras, prazeres, risos e todas as coisas boas que nosso amor chegou a ter.Mas um belo dia, cansei de pintar! Então entreguei o belo quadro aos ares, para que eles levassem-no para longe. E entreguei também você, sem um pingo de dor. Os ares me obedeceram tais ordens e os levaram para longe do meu alcance.
E em minha mente, a única coisa que ainda resta em relação a você, é uma figura. A figura daquela tela linda, de minha autoria, porém doada ao vento.

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